Não sei qual sua crença, não sei sua eloquência
Eu não sei, mas o que me espanta é a sua indiferença
Pouca gente se olha, muito menos se fala
calor só vem do sol, porque o outro atrapalha
De graça, ninguém quer dar sorriso
Se vende ao despedício, depois reclama, sim, da solidão
O mano que se doa, tem o valor dobrado,
Mas criam inimigos, sem saber nem a razão
Não é preço, é apreço, é a dor, reconheço
Pelo amor, pra que tanto egoismo desse jeito?
É um mundo onde só impera corja, que muita gente roda
O caminho perfeito pra derrota
A história não ta morta, e pouca gente quer lutar
Mas sei que vão chorar, pois a enchente vai voltar
E que não seja tarde, quando o inverno vai chegar
O menos preparado vai cair, deixa eu orar
Almas perdidas, decâdencia deste mundo
almas perdidas, corja, a escória de tudo
almas perdidas, eu vejo, o mesmo ciclo se repete
por elas que eu faço uma prece
Se entrega, é o que eles querem, a alma, espada fere
quem sangra se ilude, com a moeda que oferecem
Esquecem, que podem mais, que são muito capaz
parece que foi em vão, a morte de meus ancestrais
Valores vão se perdendo, em meio as ambições
Desistir já virou moda, eu não sigo padrões
Relações cortadas, com multidão despreparada
Que ladra, mas não levanta, para lutar pela nação
Oração, pelas almas perdidas, pelo sangue em vão
pelas guerras sofridas, pela falta de pão
pelo mano que luta e cai, ajudando o seu povo
não pelo engravatado, que só quer enxer o bolso
Só decadência, ta osso, as exigências vinham de poucos
mas faziam a diferença, os que tentaram,
não marcaram só presença, honraram seus irmãos
usando todas as potências
Almas perdidas, decâdencia deste mundo
almas perdidas, corja, a escória de tudo
almas perdidas, eu vejo, o mesmo ciclo se repete
por elas que eu faço uma prece
Miguel Jerônimo