domingo, 15 de dezembro de 2013
Omisso
E eu chorei, chorei, com sangue nos jornais
E supliquei, implorei, não suportando mais
As inverdades, maldades, nos transformando em caos
Cadê aquela formula, que vai trazar a paz?
Pois a polícia mata, e a milícia rouba
E o pobre que paga, e injustiça é moda
E minha senhora chora, implorando ajuda
e o governo olha, mas finge que não escuta
Enquanto isso, omisso, nóis só suporta dor
Visa um futuro, impuro, lute a nosso favor
Se pra bonança, mudança, A guerra for necessário
Eu vou de corpo e alma, Pois ela, é meu amor
- Miguel Jerônimo
terça-feira, 10 de dezembro de 2013
Favela
Mas que lugar é esse, que canta e dança
Que mostra pra gente que no mundo ainda há esperança
É só olhar, no olhar daquela simples criança
Que mais que uma semente, é uma flor que se planta
É um lugar, de gente sofrida que não vai chorar
Se tiver com a barriga vazia, vai levantar
Vai mostrar que é mais forte que a vida
Sempre persistir, vai encontrar a saída
É um lugar, onde não existe o termo humilhação
Pois se humilhar, é não ir atrás do feijão
Quem mora lá, vai bater no peito sim, pois ela ensina
Enquanto houver favela, haverá uma família
- Miguel Jerônimo
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
Por opção
E de repente eu me pego preso nesse sentimento
E de repente, a inspiração vem como tormento
A dor de não te ter, se transmuta em sofrimento
Machuca como estaca, encravada no peito
E desse jeito eu sinto a chuva escorrendo em meu rosto
E desse jeito tão covarde, me vejo impetuoso
Pois querer e não poder, sempre é tão doloroso
Te quero como muitos, mas amo como poucos
E fiz dos versos um abrigo pra poder te eternizar
E fiz dos versos inimigos me impedindo de tentar
Com essas leis do conformismo, só posso me contentar
Em te ver em um sorriso, em te ter em um olhar
E na fraqueza das palavras, o coração só chora
E na fraqueza da minha alma, meu corpo então implora
E com fraquezas elevo o carma, e o aperto não vai embora
Ser invisivel por opção, é escolher viver na fossa
- Miguel Jerônimo
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
Seu Silvio
Eu que não vá orar, pra Deus prepara meu pão de cada dia
e não vá sair pra trabalhar com meu carro ,
levando esse monte de nordestino cansado,
pra garantir o sustento da minha família.
A 2 eleições que não voto,
pois não confio nos porco,
que chegam prometendo chuva pra nossa gente,
pra depois vim tirar o que é nosso.
Proteção pra que? Pra quem? Por que?
Ontem atiraram tanto na madrugada,
que acabaram acertando um pobre rapaz.
Menino humilde, vendia seus bagulhos,
respeitador, não merecia aquela bala na cabeça,
apesar de sua vida "ilegal", tinha lá seus valores,
Pelo que sei, tava na vida mesmo por causa de seu moleque
Sem opção, procurou emprego em todo lugar,
mas o cara não era estudado, ai fica difícil,
as vezes é o único caminho.
É triste nossa realidade, mas eu como pai,
estou sentindo a dor da mãe daquele garoto,
é fácil julgar o moleque que rouba, trafica, se droga,
mas só quem é, sabe a cruz que carrega
Motivos e uma arma, é o que muitos precisam pra sobreviver!
Infelizmente a vida é injusta!
- Miguel Jerônimo
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